Crônica de Quinta - Eu aprendi a pedir perdão

Coisa difícil essa de pedir perdão, até pouco tempo isso era uma coisa quase impossível pra mim, mas aí você vai perdendo o medo desse gesto quando passa a ter medo de perder pessoas que importam e que fazem sua vida fazer sentido.
Você constrói castelos e não quer ver eles desabarem, então surge aquela luz chamada perdão.
Aprendi que vale a pena arriscar e que isso traz um alívio à alma, que é como se um fardo enorme ficasse para trás.
Reconhecer erros, os nossos principalmente é tão difícil, né? Mas necessário.
A gente deixa sempre tanta coisa pra manhã, sem saber realmente se vai existir esse amanhã, vai?
Pra quem?
Pra você?
Pra mim?
O hoje é o que importa, se o sol nasceu e você pode contemplá-lo, então você tem um quadro em branco, você pode pintá-lo da cor que quiser.
Peça perdão, abrace, olhe no olho, ame, vai existir amanhã?
Diga, tire aqueles sentimentos empoeirados das prateleiras altas e difíceis de alcançar, entregue a alguém, a quem deseja entregar, por que se não existir mais amanhã, você viveu, você escolheu viver, escolheu arriscar mesmo sem ter certeza de nada, pois a vida é o incerto mais certo, é o mergulho no escuro mais profundo que você dará.
Então, mergulhe de cabeça em profundidades absurdas e deixe-se viver, deixe- se ser.
Será mesmo que existirá amanhã?
E se o amanhã for hoje, você viveu?
Edna Rodrigues

Imagem: google

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