Diário: Convivendo com a ansiedade - A gente luta, mas também sucumbi
Às vezes é como se minha cabeça não fosse suportar os dias, tem horas que tudo vira um emaranhado de pensamentos, medos e culpa.
Tudo vem ao mesmo tempo, ronda como se sentisse o cheiro dos meus dias frágeis, milhões de coisas pra fazer e eu só sinto vontade de fechar os olhos e sucumbir ao desejo de virar pro lado e fingir, fugir, sei lá.
Tem dias que sucumbir é minha única saída.
Sinto meus medos me olhando firme nos olhos, medos que nunca cansam que estão sempre a espreita, sinto a presença deles no passar dos dias, sinto um medo absurdo de não conseguir mais aguentar o peso de carregar minhas ansiedades.
Respiro fundo, puxo o ar lá de dentro enquanto fecho os olhos e tento desesperadamente lutar com meu inimigo invisível.
Luto!
Me culpo por não fazer mais nem metade do que já fiz um dia, por não ser mais a mulher produtiva que fui.
Me culpo pela compulsão alimentar, me culpo por não caber mais nas minhas roupas que encolheram drasticamente de um dia para o outro pelo o uso de remédios fortes.
Me culpo por dormir a maior parte do meu dia e me sentir sempre cansada, a culpa chega todas as vezes que sei que tenho coisas a fazer e não faço, por saber que são coisas que eu amava e que hoje olho como se me cansassem até a alma.
Alguns dias, luto, luto muito!
Em outros me deixo sucumbir, me deixo entregue, a deriva sem saber onde vou parar e se vou parar.
Apenas flutuo no mar de pensamentos que minha mente insiste em trazer.
Edna Rodrigues
Foto:arquivo pessoal
Diário: Convivendo com a ansiedade
PLÁGIO É CRIME
Tudo vem ao mesmo tempo, ronda como se sentisse o cheiro dos meus dias frágeis, milhões de coisas pra fazer e eu só sinto vontade de fechar os olhos e sucumbir ao desejo de virar pro lado e fingir, fugir, sei lá.
Tem dias que sucumbir é minha única saída.
Sinto meus medos me olhando firme nos olhos, medos que nunca cansam que estão sempre a espreita, sinto a presença deles no passar dos dias, sinto um medo absurdo de não conseguir mais aguentar o peso de carregar minhas ansiedades.
Respiro fundo, puxo o ar lá de dentro enquanto fecho os olhos e tento desesperadamente lutar com meu inimigo invisível.
Luto!
Me culpo por não fazer mais nem metade do que já fiz um dia, por não ser mais a mulher produtiva que fui.
Me culpo pela compulsão alimentar, me culpo por não caber mais nas minhas roupas que encolheram drasticamente de um dia para o outro pelo o uso de remédios fortes.
Me culpo por dormir a maior parte do meu dia e me sentir sempre cansada, a culpa chega todas as vezes que sei que tenho coisas a fazer e não faço, por saber que são coisas que eu amava e que hoje olho como se me cansassem até a alma.
Alguns dias, luto, luto muito!
Em outros me deixo sucumbir, me deixo entregue, a deriva sem saber onde vou parar e se vou parar.
Apenas flutuo no mar de pensamentos que minha mente insiste em trazer.
Edna Rodrigues
Foto:arquivo pessoal
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