Crônica de Quinta - É preciso se libertar


A gente tem que parar de investir em relações doentes, aquelas que nos levam pra baixo que nos fazem chorar escondida no banho ou quando todas as luzes da casa se apagam.
Por que é tão difícil a gente entender que certas coisas não valem a pena?
Deveríamos saber o momento de dizer chega, de dizer adeus e partir, talvez ir embora fosse mais saudável e digno do que insistir em algo que só existe na gente.
As pessoas que a gente gosta são as que cravam a faca mais forte no nosso peito, são elas que nos fazem viver dores mais latentes e pungentes.
Tem coisa que não tem conserto, que não tem remendo e a gente poderia entender isso, mas não, a gente insiste em ficar, em achar que amanhã quando o dia nascer as coisas serão melhores, mas não serão, por que as pessoas não mudam, elas querem mudar a gente.
E aí a gente tem que se encaixar, se modificar e caber no mundo delas, mas elas nunca se esforçarão para caber no nosso, não se engane, elas só gostam da gente até o dia em que fazemos tudo que elas querem, depois disso, você não será mais bem-vindo.
Triste constatar isso?
É.
Mas é necessário para pararmos de viver relacionamentos bigorna, aqueles que são pesados, tóxicos e que nos puxam pra baixo, que nos sufocam e nos jogam num buraco qualquer sem nenhum fiapo de luz. É preciso saber a hora de secar as lágrimas e partir para onde haja sorrisos descompromissados e afagos mais doces na alma.
É necessário dizer adeus e caminhar, a gente não vai perder alguém, vai ganhar a si próprio, vai reaprender a dar passos que nos levem a lugares onde somos bem-vindos e aceitos como somos, onde não precisaremos chorar na hora do banho para esconder a tristeza que mora na gente e nem precisar agradar para caber em alguém.
Liberdade é algo caro e por isso a gente não saiba conquistá-la, mas é preciso aprender, e logo!
Edna Rodrigues

Plágio é crime.

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