Crônica de Quinta - Padrões, que padrões?
Sociedade,
pare de me dizer o que devo fazer, pare de dizer que só mulher magra é bonita,
pare de dizer que devo alisar meus cabelos para ser aceita, eu tenho outros
atributos, não preciso dessa ditadura de revista.
Não
preciso me achar feia por não parecer a Barbie, por ter minhas gordurinhas
localizadas, por ter minhas celulites e estrias.
Pare
de me comparar às super modelos, pare de me jogar na cara que se eu usar tal
marca de maquiagem vou parecer mais jovem, que se eu usar tal marca de creme
minhas marcas de expressão pararão de me olhar do espelho.
Eu
quero lavar meu cabelo e deixa-lo secar ao vento sem me preocupar se alguém vai
gostar ou não, eu tenho que gostar.
Eu quero
pôr uma roupa que me deixa feliz, quero olhar minhas marcas de expressão e
poder lembrar de cada história que elas contam.
Sinceramente
não gosto de me sentir escrava da chapinha, nem da dieta, não quero me
preocupar se comer um chocolate vai me deixar mais gorda ou se comer uma
coxinha vai me dar mais uma ou duas celulites, quero apenas poder ser quem
quero ser, sem amarras e sem regras.
Quem
criou essas regras?
Quem
disse que pra ser feliz eu tenho que ser magra, ter cabelo liso e ser jovem
eternamente?
Minha
alma é jovem, e isso não basta?
Eu
tenho um cérebro que me deixa linda, isso não basta?
Por
que eu tenho que correr buscando aprovação de uma sociedade que me escraviza em
busca de uma coisa efêmera?
Não
sociedade, desculpe, mas eu preciso ser eu mesma pra me sentir feliz,
realizada. Não tenho tempo de concorrer com Giseles, Gracyannes e Barbies,
tenho pressa de outras coisas.
Tenho
fome de ser humana, tenho sede de viver, não posso gastar meus dias buscando a
ilusão de agradar, eu estar feliz não basta?
Edna
Rodrigues
Plágio é crime
Imagem: Google
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